Discurso Dirigido ao Instituto Histórico e Geográfico do Brasil

• -95- -iue não reconhece sclencla de qualquer objecto se não nos dlsdpu1~ de Cunfucio. Ta111bem nfo vemos por exemplo qu e Ruy de Pino nós íalle da re. Jigiãu da historia, e das suas palavras sacramentae5: vemos sim que elle pon:Jcra srr a historia lilihnente r,lara luz da nossa vida, e da no.:1sa memoria e das cousas passadas testemunha verdacleira. A este mesmo assumpto diz o Bbpu O, urio « ilc ada ha mais proveitoso que a historia para adquirir prudcncia, 111,m mais poderoso que clla para despertar vir– tudes, mais sau1lavel para sanear as reridas da Hepuhlica , nem mais aprahivd pdra dclcildm~nto da ~ida ". BJrreto Feio lhe chama farol da verdade, que apre~enta aos nlhos como num vasto panorama os Ht'inos, ;is Cidad,-~, os lmperios. E o nosso sal>io Visconde de Caynl diz « Cum.. prr á íé incorrupta ex por a verdade nua e pura como requet' a histo• ria p.i ra ser a Mcst1 tt <la virlu, A verdade he a estrclla polar da his-– toria, e a circunstancia que pri11cipalia1ente a distingue da licç.1o. A in– tcg, idade, candura, e moderaçJo Mão as partes do historiador: iníorma– çiio e lidelidade s,io indispensaveis para o complemento do seu dever. 11 Eis como escn~v~m Jlenn as intclligentes e •liscretas: pennas de Profes– sores, e não de um peticego de letras semelhante ás Toupeiras, que per• tenuhio intimar que o Sol tinha manchas. Nt"ste ponto de historia um n•paro m e resta e he que nas regras do nosso .-eligiouario his1orico posto que laconicas mui superiores ~m rnerito ás ne0exõcs de d'Alembert, e ao copioso Tratado do Thratlnb Dom Thomaz Cartano de Bem, comprehendendo elle a de s~er o histo– riddor sobranceiro a todas as considerações human as, e de upellir de e;ua alma ·todo o temor, toda a l"Sperança , e~tranhasse em mim a ob., aervaMid fi el deste mesmo preceito repreht>rHIPndo-mc pela maneira qtr"e já supramenciond. lle provavel que assim me tralasse por eu não Raber planar sobre aspirações m esqu inhas : porl'm devo ter descnlra porque a minha imp<'rh:i,, no uso de fi.dll icismos u ão me consentia rntrnder a palavra planur de qne se serviu pela precisão, em que colloca os es– criptores a sna ordem a Jingud l'ortngneza destituicta de grandes genios e sabios authores, que Ibe dé~3em inilolP, força e riquPza. Diz o meu aggressor: u que nenhum r amo cio serviço publico lh1' mereceo 111ais dPsvelo, assiduidade, e previc!encia dt> que o socego e tran– quillidade como a baze de toda a ordem social ». IJe com expressões df.'ste quilate; he pPIO modo palcado com qu e íalla qne elle arma a en– ga nar n~o os ParaPnses. que as conhect!m 1.io pPrft>ilamente como o sea mesmo anthor, mas os hahilantes das outras l'ro\iocias, que de orfli,. nado o seu modo facil de pensar 0uctua á tona dessa~ expressões, e nada mnis sabem do que f3~0. e não indagão a verdade, nem trm no– t õ1:1 <lo caracll:r doloso, que o Íítz não divulgar em obras os pensame~

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