Discurso Dirigido ao Instituto Histórico e Geográfico do Brasil
-77- , de Ahril, afiança por uma conducta nacional e franc~ o prosPgni• mPoto e consolidação cios princípios abraçados. Ois ioai esses receios que na vPrdade bem fundados erão em face da conducta versatil e traidora do governo do ex-Lmperador, e c1ue ora se tornão insubsistentes e des– vairados á vista da qurcla do Tyranuo ». Ainda forão contrarias ã mrs• ma reverencia affectuosa e amor novissimo ao Senhor Dom Pedro Pri– m· iro as palavras do requerimento, que fez á sociedade federal na sessão do dia 15 de Setembro de 1833, no qnal expressou: u crua g11erra de morte au Duque de Bragança, e os que não derem juramento para esta gnl!rra sPjiio envolvidos na infamia e desprezo publico n. Be preciso ser mui louco, e formar mui baixo cone.eito dos outros homens, para se persuadir que as suas !fio patentes contradicções hão de ter credito nos juizos imparciaes de pessoas sensatas: corn estas contradicções se abusa do soffrimento do Lritor, e faz-se delle pouca estima. O homem, que me reprehende, attribue -me pensam!'n\os, que nunca me appare– ceriio na sede da vista mrntal: ajuiza das minhas palavras conforme os ~entimentos ria sua male\•olencia, e dá -lhes um sentido violentado. He este o mesmo homem que pretPncle caracteriiar-me de enfatico e cinico na relação que fiz das intrigas laborarias na quadra de plantar-se o novo systema politico: hr este o mesmo l111mrm qne intenta patente– ar •me pouco re.~pritoso para com o Senhor Dom Pedro Primeiro: be estl! o mrsmo hnmrm que ora se nos apresrnta como um arnante ve– n..rabundn daquell~ Augusto Rstabelecedor do Throno do Brasil, ora como um seu advrrsario armado de espinhos nas palavras e nas acções, e como um despota para quem a Constituiç,io pnlitica he uma verct..<leira chy• mna, mostrando este caracter na sancç,io penal da infamia e desprezo puhlico peior que a morte contra os suppnstos restauradores e chamando tyranno a um Priocipe, que clPscende de .2'1 Monarchas Port11g-11Pzes im– mac11lados de cruPza como r"lilta Jacinto Pr,·irc na Vida ele Oom João de Castro dizendo:« ão costumavão oq RPi§ de Portugal beber as lagri– mas dos seus vassalos em baixellas <lourarias n : e como lambem se pode demonstrar contemplando-se a dur,,ção da l\lonarchh drsde 11.39, cm qne nasceô, dividiria clrsigualmente em tres grandes épocas, das quaes nas duas primeiras trrminaclas em Dom João Ili rlle~ se mostrárão verda– deirarnente Heis posto que alguns com mais felicidade que talrnto, e na terceira não con~erváriio de Heis se não as sombras, excepto um delll's que nas reformas economicas e no melhoramPnto interno deo um a<l– miravel modelto a todos os Soberanos, e que seu Neto o Senhor D0111 João VI não ponde arremedar, porque tendo virtudes e riualidarlrs pes• soaes amaveis 11',io tinha talentos administrativos e porque a desventura Nacional collocava ao pé deste Príncipe benevolo, humano, afa ·e1 e com– passivo, vis cortezãos que só lhe lnfuudião animo remisso e Umido para
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