Discurso Dirigido ao Instituto Histórico e Geográfico do Brasil
-61- m<'m manifestar-~e sapiPnte pela arte do Alemão Querino Knlman, me– lhor que a de Roi111uudo de Lullo, e t_ão rara qu e quem a c.liega a saber não tem mais necessidade de outras scicnci as, sal.Je tudo e dis– corre de tudo com assombrante alcance intcllcctual. Na Descripção historica tu•lo quanto o meu aggre~sor rx prPssa logo no exordio para addicionar ,i sua analyse o meu Compendio elas Eras, que não fõra dado ao seu rxame talvez porque pareces~c ba~ tante a cen– sura, que f1 havia sido feita pela Commissão de ll isturia, he prodnc– ção condigna ao rancor extremo, que tem immerso na alma rlcsdc qne vio a narração dos factos acontrcitlos no período volvido de 1820 a 1823, llc isto um dos fenom~nos ordinarios: pois os historiadorPs estão arris– cados a aparar espivita1los motejos, e a suppona,· graves dissabores, mor• mente aqurll<>s que dão ao Publico a historia do seu tempo. Eis o que a es te respeito nos folia o Bispo Osorio, pr ecioso ornamento do seu sec1tlo: « Melle entre os Lusitanas cm tanto peri i;o :Is vez,•s o em– prci,o de llistoriador qnc a tanto se arroja qu~nto hc o dar-se por alvo a todas as Lanças n • nedoorou a ultriz tcnçiio não se dando ainda por satisfeito com o Relatolio lido pr la sobrrclita Cornmissão ao Instituto na Sessão do dia :10 de l\ovtmbro de 1839. Deixdl'ci de segundar aqui l' S argumentos e ra zfi1:s, qu e expuz em uma carta apologetica a rrspeito desse relatorio, porque vo u prese nt rmentc tran. r, ri-la ú noticia cio publico illustrado por meio da impress~o em appenso a este Discurso tanto p~ra divulgar a verJcidade de certos fa ctos mencionarlos naquellc rel ato1 io, como para pateut•·ar o dilferente es pirito que nos anima a um e outro. O her– vacJo aculco do odio aviventou a censura: cncheo-a ele alfrnntas a rrnns– borch1r, e guiou -a de man eira quP- poclrss<' p~tentear-n e aos olhos de quem a lesse como um anti1>athico dos systemas politicos, que succes– sivamente se admittirão. O Sr. Machado de Oli veira I e da classe da– qu~llcs altanados e fahtientos, de que falia o Viscon1le Cay, ú no prin– cipio da pagin á -23 da lnlroducção .í sua Historia dos prindpaPs suc– cessos politicos do Impr rio do Brasil. Fiqur desrn ga nado dr q11e não esc revi por odio, nem por aprazr r a partidos, ou a esses a, cnit ctos de ruina~ a sim chamados pel'> mesmo Vi sconde, a cuj as cinzas presto trilrnto de ve neração pela sua prnbidatlc, pelo seu patriotismo, pel.1 sna sabedoria: e estou muito al ongado de seguir o Brasil eiro anonimo nas palavra~ pe– satlo, indigesto e de rrd,o gosto, com que o avalia na pagina 70 do seu Bosquejo llistorico, politiCO e Literario do Brasil. u Apresento como exemplo o meu ( diz o meu aggrrssor ) o ha– ver o outhor eliposto á luz publica com ofTensa da m ,r,,t e decenda , e com perda da sua propria dignidade factos da viria privada do r.o– vernador Dom fraucisco de Souza Coutiollo que jamais podia entrar
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