Discurso Dirigido ao Instituto Histórico e Geográfico do Brasil
.. -55- dadr e do orgulho os gozo!! modrstos, puros e reaes que devem neom– panhar o uso bem entendido das riqu ezas. Ass im o prova a Pragma– tica de 22 de l\l arço de 1ú87, que este l\lonarcha promulgou para pro– hibir as sedas e os brocados, e prescrever a mod eração nos vestidos de– sanimando as fastuosas e inuteis profusões. Desde o dito fiei não cessárão as Leis sumptuaria s, porque nunca o luxo deixou de existir mais ou menos. Por1 .. nto o magnifico Asiatico rm– porio niio eftsino11 aos Portuguezes o gosto ruinoso do seu luxo alli\'O: Vasco d1 Gama que após do PiP.mont ez Cllristov,io Colomllo amplificou a esfera da iut elligcncia humana 1110,trando na terra novas plagas, nas aguai; novos mares, e no Ceo novos luzeiros, qn anrlo recebt o no mar o rei de :'llclin1lt!, que vinha visila-lo; e se ;ipresl'nl ou como <'mbaixa– dor do seu l\lonarcha cm Callec ut ao pot ente Sarnorim nos seus ~um– ptuosos aposrntos escondidos rm jardins odo riíl' ros e formosos, mostrou-se vrstido ao modo ll is pano com roupas de sctim carmesi dr Venn a, capa b 111<lacla de veludo e cli eio de ouro, que rrlnzia nos botõrs d;,s man– gas, nos golges do gilrio, no recamo das calças boldarlrscas, no gorro emplumado, e na rspada cingida ao uso dos Italianos. E a sna comitiva ostentava t.io lindo esmalte uos hrocados, e outras lonçauias que sc– guudo ;,s palaHas do grande e immortal Camões via-se, Qual apparece o arco rutilante Dd bella nympha, !ilha de Thaumante, Niio responrlo ao lu xo t'f' ligioso, porque o meu aggres~or n~o df'ixa colher das suas ex pressões se ellP o julga devido in,mediatamPntr aos homens drdicados ao Estado Ecclrsiastico, ou se ao i<>lo Pxtremoso ela Rcligiio, que movia a grandiosidadf' do Sobernno a <'Stender o esplm– dor do culto ao espl endor dos i\linistros dellc. Com tudo n~o foi só nos dias d<' El R<'i Dom João V que se \'ÍO a rr. agnifi cPncia nas Tgr,•jas: j"I antes ri o yro das ,tinas Grra l's havia clito o Jrsuita Antonio Vieira: u Em nrnliuma pa rle do mun do he tanta a cobiça de adquirir, como <'ID Lisboa a ambiçiio de gastar por Oeos. ()ue Igreja ha nes ta multiMo ele tantas cm um di;i de fos ta qu e se não parr ça com a que vio des– cer do Ceo Sã o Jo'io : Tanqu am sponsam ornatam viro suo 1 O ouro, e os brocados, dr que se \'rstrm as parrcles, são o objrcto vulgar da Yista: a ha•moni a dos co ros suspcnsiio e cl~vac;üo dos ouvidos: o ambar e o .;lmisca r e as outras especies aromaticas, qu e va porão rrns caçou las, até pelas I Uh~ rrcrnd Pm muito ao lon~e, r c(ln vidiio prlo oHalo o concurso n, O primorrlio da povoaç;io de ~lin a~ GPra!'s não difTrrio occasional• m1>nte do primo~dio das outra s Prov íncia~: fui a sr.de clíls riqnrzas quem despel'tou um particular cuidado na pesquiza e lavra das minas de ouro; •
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0