Discurso Dirigido ao Instituto Histórico e Geográfico do Brasil

.. - 53- tella, f(uando lhes dro parte da viai;em de Pedro AlTnres Cabral para a 111,h,1 e da 1crra novamcnlc por cite descoberta e nomeada de Santa Cruz, di1.eu tlo c1ae ti poliçcio dt!Sltt 1:ra w11111l<1,11enle conveniente para a 1tuuegaçao cl.t ln,Li.t, por /ll" rtlli se repara vão os 1iavio5 e tomavâo n/i·escu,e desta manci,.i fazendo iuf,•rir uma prop1•nsão para antepor o novo pa11. aos pu, tos orpor11111os para arribada e estiibckcimentos mercantis ex• }JlurJlius e reco11hcciuos nJ prirut!ira expedic;~o destinada a marcar a liuha de na\·.,gação para o Oriente e a examinar o estado commercial e pohlii:o daquella plag~. 2.:, O dos Sdvaticos, que tazião <.los Colonos aho iuvari<1vel das suas frechas tanto ou~ 18 auuos do sy~tema de po– 'l'oar com Dllnatarias espaçosas adopta<.lo pelo Hei Dom João lLI, como depois <la alteração, que clle fez n ·ste systema. 3. 0 O <los Fraocezes, que se alliavão com os Gentios contra as recentes colonias, como fize– rão os J'itagnares da l'arai!Ja 11 Itamaracá onde desde 1526 ja existia a Feitoria assentada por Christovão Jaques, e com os Caytes de Pernam• buco e llio de S>io Francisco, com os Topioamb:is em Sergipe, e com os Tamoios em Cabo Frio e llio de Janeiro, não sem provarem gran• des estragos a 2\1 de Abril de 1554 no combate naval ele Cabo Frio, e em 1SLiO os qtle recebt> rão em seus navios das mãos dos Capitães Pe– dro Lopes de Souza, Luiz de Mello da Silva, e Christovão Jaques. (J. o O Cios Corsarios e Pechelingues Francezes, que iníestaodo sempre o mar territorial e portos do 13rasil nos dias de Francisco 1, de llenrique II, de Francisco II, de Carlos IX e de Henrique Ili amedrontavão a trans– plantaç,io dos Portuguczes com depredações e matanças taes como as que 11perárão debaixo do mando de Jaques Soria em 1570 , e de João de Capdeville em 1571 nas numerosas familias <.le lisboa e da l\ladelra, em 52 SJcerdotcs da Companhia, e oulras mais pessoas que vinhão es– ta!Jclecer-se no Brasil: e era tanta a rriteraçiio de,tes actus que chegou a conversar-se á mesa de Dom João III no muito damno que os ditos pirJtas fazião ao reino, e que melhor seria sua paz fiogidd: ao que res– pondeo aquelle Soberano» Não nos cumpre guerra com a França porque temos fora todo o movei». A mesma frequencia dos piratas, que não terminou no tempo ela mui funesta u~urpa~ão de Portugal pelos Felippes de Ca~tPlla, rteo lugar a que os navios da carreira do Brasil não mais navegassem soltos, mas sim em corpo de .frota debaixo da bandeira dos Commandautes das Esquadras da India: ,a primeira frota, que i,artio para o Brasil, foi no anno de 1601 sob a bandeira de Antonio de Mel– }o e Castro. 5. 0 Finalmente o da luta sani;uinolenta com os llollandezes, que tinh.io formado em 1623 a celehre companhia Occidental para f.OD• quistar a teHa a<;_ha<.la por Cabral: em cuja luta per<leo-se muita gente, para– lisou-se a trans•ni~raç,io, e vio-se um quadro bem la~timoso da Histo– ria Portugueza qual o da emigraç~o dos mor<ldores iie Pernambuco e •~ Paraiba com l\lathias de Albuquerque para as Alagoas.

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