Discurso Dirigido ao Instituto Histórico e Geográfico do Brasil
•-51 - çlío destrs corpo~ ás dil(IS classes niio he daLla pcl~ natur<'za sim pe1Q peusamL'nlO dos Filosoros para 111ethodiz,r a sciL•ncia chan ada Ub1uri11 i\atural. QualquPr das pai,,, ras cousirlerados. comprchendidos, contidos, dt:via excluir a palavra sujeitos por rles,1j11,tada. Pirigindo-se pnr.i mim profere: n Um testrmnnho ha que drpoem victoriosa 01ente contra a asserção cio Sr. l.l,arna repa ovanrlo a minPraç.io com o 11111 entrave aos rrogrcsi.os da inclmtria, e j11stilicando-se corn o pouco prov~ito qur. deduzio rortngal elas terras de ricas Jwtas dr ou– ro descobertas em 1655 no l.lra,il n. Não relatri na p~gina 27 do meu Ensaio Corografico a drsi:oherta da~ minas naquclle anno: ella foi na Provincia de ~linas Gcraes no de 1G95 setenld e setl' annos clrpois do achado de ouro cm Siio Paulo, e cento e ,·int~ Ires depois do que se fez no territorio da Bahia. Nem considerei as minas com o mesmo horror com qnr forão olhaclas por alg,m rscriptores de grande reputaç:10 como :\lontrsq11ieu e Lede~ma: e nem desconheço o modo, pelo qual cllJs faw•recem a po– voação e a agricultura: nislo c~lou dr cfJnsonaucia com llumboldt, um dos mais sabios viajantes, que rrm discorrido prlas rigiões da J\Mrrica: bem como tan1hrm c~tou caparitado de que as fabricas não s5o anta– gonistas da agricultura, cllas ajuntão á roda de si uma povoação nume• rosa. O que expressei n;i sobrcd ita pagina do meu Ensaio fol1>, 'l"orfo a nação entendida cm seus verdadeiros Interesses procura ser inrlustriosa e mercantil, e nunca se ,k<lir.a totalmr.nt <' {1 mint'raçJo "· QuPm desta sorte se exprime nfio insinua que se t'xpulse a pesquiza cios jazigos d!> ouro para qnc este deixe de ,·ir exercitar na sociedade o oflicio de moeda circul.mte, mas dá a entcn1ler que 11,io se adapta cQm os Mercantis em fazer consistir no dinheiro a riqueza das Naçiics, e que segue os prin– cipios ela economia política de Say, cxplic~clor de Smith , segundo os quaes hc pela somrna cios valores e não pela do 1111111C'r,1rio que se mede a riqnrza de uma nação. A moeda hc uma mercancia como as outrns, e corre como t'llas rlo paiz, rm que suprrahnnda, parn oquclle on<le oft0 hc facil achar. As minas ele ouro só por si não fazem a ri– queza: esta funda-se nos valores adquiridos pelo commercio intt>rno e externo e pela iudustrl,,. /1. vcrdad<•ira riqneza de um povo está cm ter terras bl'ID cultivarias, e manufacturas cm acti\·idade bem dirigida: ll grande moeda pois he a moeda indnstrial: em a havendo ella chama· rá o ouro, e a prata dos ontros p,ivos. Os llolaudczes dictárJo aos lles• panhoes q,1 sem industria de nada lhe sen iJo os thesouros da Ame– rica. lle este o testemunho que declora mais victoriosamente contra o testemunho apontado pelo meu aggressor. Sim justifiqtfN-me do melhor modo que foi possivel indicando na pagina 27 do meu Ensaio Gorogrofico o pouco proveito que Portugal de– e 2
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