Discurso Dirigido ao Instituto Histórico e Geográfico do Brasil
fta'bel, Coani e lparana e outros. Fora da Provincia tem pareci:nçat com estes pontos o campo de Guarapuarn l'n~riualdado dt boMJucs e altas montaohas, que o s~par:o dos campos g,•raes da Coritiba, do rio Pequiri, do rio Cavernoso, do rio Pinh,io, e do rio lguassü ao Sul: o campo do Paraná com montinhos all Norte de :\lissões: o r.ampo do rio das Velllas: o campo talhado petos rios Belmonte e Pardo: o campo Palre este rio e o da Vereda: e o campo denominado Gcraes entri o rio das Coutas e a cordilheira visiuha do rio de Una, unico espaço do Brosil -em que não se vc pasto, nem mato, e só urcias salias e cegas o com– Jloem, que não dão vida a vegetal al~um. O resto da Provinda do Pará, que be a maxima parte, está lotei– .ramente enroupado de matas virgens orgulhosas e prolicuds, que fazem O asptcto desta terra tão bella corno fecunda. O meu ab,grPssor frz uma descripção tal que obriga a pedir-lhe crue a desobscureça p~ra ser enten– dida: pasmão os conhecedores do Parà de que elle por meio das suas co– rajosas rabiscas organizasse a Provincia de Campos acalrrlados de um cintiio de verdura, e de que pelo mesmo poder, com que Ario,to pintor de en– cantos se deleitava em crear agradaveis ('Xtravagancias, que lisongr.ão a 'J)arte Imaginativa e enganão inutilmente a razão, ornasse de archipelagos 'a bahia de Guajará e o cJnal de Tajip111 ü. Tambcm não foi Miz 110 fim do artigo: os termos invade, conquista, engrandece, e desenvolve até qne exclusivamente domine, não satisfazem íl lição que parece querrr s1•gnir do Naturalista AlPxandre {' 1' } de llumbol<lt quando este trata da importuna vegetação que observou 110 Caciquiari, um <los canaes que communicão o Alto nio egro com o Orinoco, diante de cnjd boca jaz a coroa de ilhils que se alonga até ao Cabo das Areas: ilhas, qne muitos sabios jutgão terem sido formadas juntamente com a pcninsula das Floridas e com o ·golfo do l\lexico por uma gr,mdc revc•lução volcanica. ( • ) M. l\lialon, missionario apo&1olito, f'screnndo ele Dông-Nay na Co– chinchina cm 1831. a ~I. Cynac, Cura de São Lourenço de Puy, diz da vegetação daqucll2 p· iz 10. 0 afastado elo equador para o orle assim: ,e TodQs os dias do anuo se tem constantemente a ver uma verdura do mesmo modo fresca apesar dos ardores da zona torridil: um só dia 11~0 •se passa sem ter novos frutos. A vPgetação patentca-se com d~smedido vigor e magestade: he admira vrl a vari<•dade infinita de vegctacs unidos, apertados, confudidos, as especies ligno as muito mais que as lterba– ccas: as palmeiras, que s5o elos prinripaes ornatos das planícies ardentes, os cipós sarmentoso~, os juncos, lr,ngos e dobradiços, rnlaçndos em ro– deios e nós multiplicadissiiuos, todos se coadunão eru ~·upos: e as ar– vores dbputão ás outras suas vislnhas que as comprimem a terra ne– cessatia ao seu nutrimento, as robustas abafiio as debcis e iázEnl desal>~ parecer até os menores sinaes da destruição. i
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