Discurso Dirigido ao Instituto Histórico e Geográfico do Brasil

., J -li5- que eu prla falta de trnuris espero não ser re1Hehensivel se á imitaç5o de Patnc11lu fallantlo de Marco Tullio lhe cham.ir Boca cclcstissima ou Bllca to tla do Ceo. Isto l1e bclissimo sem duvida. E que mais a ima• ginação pode delinear em seus impulsos creadure:.? Porem como meus ou,idos não se ajustão a tantos ra gos de altisona eloquencia; e tantas bl'llezas poc,ticas n,io as comprehcnde o meu entendimento porque as não alcança a razão; permitia-se-me expor a duvida ou reparo qne t>llas pro,,ocão uõ meu espirito. Nã o conheço qual srja a incornpatibilida~le, qué teuha a vegelapo coro as leis cio nivelamento; tanto as planicies, como o recosto das montanh as, serras e colinas, está tudo no senhorio da Agricultura: o ar humiclo, a terra e a agua, natla impede que a planta cr('SCJ, ~cg~le e propague. se de muitas formas menos nas altas montanl1<1s acirnd ,te :!7~000 pal111os de lei Portuguczes mesmo na zona torrir.la em cuja altura cessa toda a vege tação, e são estas a~ monta. nbas que tocão o t:éo sem serem de utilidade á terra. O coral dentro do mc1r em c.ichopos occ11ltos: o mu,go nos ramos de muitas arvores: o botilhâo nos escolhos vi sívei s: o mururé-miri na tona dos rios: a ci– lercu.i cheirosa, o visco e C\ urnpé na cortiça das arvores: o ag{,rico comc:nivr.l no pc1ulor dos cerros: o feto no~ all(Urives : a urzela nas pontas dos aridos rochedos mais expostos aos ,•apures do mar: a usnea nos craueos insepultos: o bulor nos coiros: e fin almente a cebola e a batata no ar humido: tutlo (latentea a acç io pcreonJI e energica dos pri11c1p10~ friicos d,, vitalicl,1cle no reino vegetal sera que ue,ses dive,·sos lugdres a natureza indique respeitar as leis do niv el,11nento. lncompati• veis com estas leis são as planuras com as ex:crescencias da terra, ea quietação dos fluidos com os espaços decliviosos. O caracter d<1 vegetação 11.1s marge n~ do A,nazonas não difTere da– qt'ieHc que se manifesta nJs tcrrJs da co~ ta m1ritima, nas ilhas, e nas margens de todos os rios da Província: em toda a parte sJo alterosos os b,1sques, pcrpd ua e gentil a verdura, corpolentas e varias e tão ve• tustas as arvores como a adansonia digitata mctli..Ia no Senegal prlo cc• lebrt! Adunso u: a dill'e rençd só cousi~te em que lu pJrd ge ns nHis mu– nili CdS que outras de certa especie de plantas e tamllem ele alimarias, e outras que totalrn~,1te nio as tem, co,11 0 aco ntece corn a pt~ssa ba, casca preciosa e puxiri, qu e só as ha na parte superior do Hio egro, e como com a sais~ , que IH! 1TI<ii~ acliatliça nas se rras ele certr,s rios. Só c~hc ít Illtd GrauJe lk Joa nncs a idea de zona ou ciut-io de verdura, porque tola ell.i para dentro desse ciritão ( palavra do meu ag(;ressor) consta ele campo~ escaqueados de pantanos, de arvores SO• litarias, e de ~ rlellas de rn dto: outros pontos ha desta q11alirlc1tl e, mas em delg,1do numero, que airão da s m'ios da natureza: ta es são os carn• pos de l\lucapá, os do Rio Branco, os tio füo Negro em CJmanau, S,u11a

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