Discurso Dirigido ao Instituto Histórico e Geográfico do Brasil

.,. -39 = · dadeirá, e não a do reprehensor, que be contra a observação do~ quE' tem visitado diversas Cabildas, a qual de certo be decisiva e não ar– rimada em ·escriptos como o do Conego André Fernandes bem conhl!– cido pela sua simpliridarlr.. Os latlios inrlomcs1 icos não sendo de con– dição cerval portão-se bem com os Brancos. Sobre a norma de vida e costumes entre os lndios das povoa ções ha o suffi ciente para se poder ajuiza r da differrnça no moral, que ellcs tem das outras partrs do mun– do: porem Jão a•sim dos tosr:os Syl vicolíls, porque todas as nollclas, que os l\lissionarios davão aos seus Conv entos, for ~o enviadas para os Cronistas das 1especti~as Ordens cm Port11~,1I, e não houve a curiosidade de as copiar par<1 que hoje po<lcsscmos hourar Os nomes desses l\lissio– narios, e perpelurar sua memoria. ( *) Imaginariamente quer o meu aggressor que o Guaraná não seja fruta, IDilS sim o resultado da amalgama de varias substancias, entre as quaes numera o cacáo e a tapioca. O Guaraná he fruta de um cipó, que tem este nome, e o dá á massa, em que convertem a fruta bem amolgada, de que Ca.zcm os chamadus p:íos, que na feiçJ o de cylindro com as baz:es buleadas secão ao Sol. o Hio Negro os lndios não se cauçfio com este thcor <le íab rlcar o g11.iraná : ratJo com uma lingua de J!irarucú as frutes , e dilur.111 na agua, e bebem. Só os manufa– cturistas ,lo rio Arapium coslum5o addicionar tapioca á massa da frota: e eolão os p.íos fi cão salpicados de cõr que tira a alva,lio, e s~o por · isso differentes elos que pela maxima 1,arte são feitos só da fruta, os qoaes não perdem a cor vermelha. E quanto ao cacáo está bem longe de ser exacto em referir que Pile entra na faclura dos paós de guaraná. Ne~tas e outras noticias, qu e ja forão relatadas, em outras, que ainda hão de app.i recer no caminho que vou trilhando, figura o meu aggressor a par do Coronel e Naturalisla Bory de Saiot-Vioceot, não pelo:i conl, ecime1110s em malerias geograficas e botaoicas que t>ste pos.– suia , mas por enchrr <le erros bistoricos e gPograficos o qu~ escreve como aquell.- pratico u com o seu Hesomo Geografico da Península Jbe. rica , no qual em Vf'Z de ser o m<'smo que historiou das Ilhas Afortuna– das, e que Íl'Z ,inrn b<'lla viagem ,is llhas de Africa, e descreveo multo bem a llha de Bourbon di, tincra pl'IO volcão que sin gularmente produz ,idro ---- ---------------------------- ( • ) Não seria meno~ in LerP.ssa nte que a dos antigos Jesuítas, os quacs nos dt>rão a conhecer a China melhor do que Evert-lsbraod, embaixa– d or do Cza r Pedro l l'm 1692, e do que Lord \laccarlney, embaixador de Grão-Bert1nha em i792, 1793 e 179/i. Deve-se aos trab1lhos daquelles Missionarios. e ºiº á llelação da viagem dos ditos embaixadores o po– tlrr-se pPnetrar a antiguidade mish:rlosa do povo Chioez, e aprecia-lc> ao .eu j Uito valor.

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