Discurso Dirigido ao Instituto Histórico e Geográfico do Brasil
-105- de todos os acios da minha presidcncia no Pará •• , • • Porqt1e tomou elll' tal posii;ão ? l~orquc tem-me assim pro,•ucado taõ acintosa1111•nte 1 A minha cou,ci.,ncia de nada me accusa ». Toda a pessoa de coração mavioso, c1ue uáo conhecer o meu ai:grcssor, IPndo es tP seu texto cer- ta meu te ha de lhe parrc1•r caria palavra um ai, cadd expressão um ge– mido: ha de srntir a vibração de urna grande e compassiva emoçiio • da alma , que lhe f,,ça rociar os olhos de lagrimas, e talvez profrrir o louvado seja p,•ra sempre tão bom senhor, corn que se ultimiio as estaç6cs da via sacra. A posiç~o , que tomou o Sr. Acciolli íui a de historiador, a de juiz Publil:o obrigado a dizer verdade e dar a cada um o que lhe p1·rtcncc tias virtudes e dos defeitos que são publicos. porque Jl,1ra i~so niio lhe fr\ltav,io docunwntos uoanimes e jamais desmentidos com provas invictas: e t'SSe mesmo, a qu em dá o nome de a sassino da ho11ra e detractor dr 1ot1os os actos da sua tristi~sima presirl cncia do l'., rá , pode reto rquir-lhe que he elh! pro1Hio o assassino e de1ractor da razão e da verdade 1es peitadas pelo his1oriad•1r como lhe cumpria. Se o fulgor da nitida verdade não he agraclavt•I aos olhos do meu aggresso r, nt•m se atreve à C'Screvt -la, ao menos n:io se las time de lc la: só se offendc da , e,dacle qn em falta a ella. Se he lici to a qnalqner Cidddão paten tear pela imprensa os actos das auloridacles q~ando offen· si vos dõ mural publi ca ou ·de dirPilo <'xprcssu como o niio serro ao historiador? E alarclea-sc o Sr. ~!achado de Oliveira de princípios (j. ncs, d<! libcrdad rs publicas manifcstaotlo azrrlume e clizenrlo •se acinto• samentl' pro1•ocaclo porq ue um hisroriador co nlPmporan eo dt>screve debai xo dos auspícios da 1•crdaclc as scr nas dJ filaotrnpi ra trai:;Pd ia da Abrilada por clle pessoalmente di1 igida ! O meu ;;::;grt's,or nunca tendo l' m , i La o cura111 lwbe de bu110 110111i11c, que h e e de, e ser o primeiro objeclo da ambição de todo o homem de br m, foi elle mesmo o assassi no da sua repulação, I' ministrou matr-ria não para uma detl'Ocçflo, mas pata uma mclancu lica blogralia. Cumpria-lhe saber que a boa opinião, de que dPpende o bom governo, n5o se forma do que he se não do que se cuicla; e tanto se devem obsr rvar as ohras proprias, como rPsprit ar os pl'n:;amPntos e línguas alh eias. Se queria aguarda r cios se us Conr idad,ios elogios , ouvir agradecimentos e lou1·orrs em todas as liocas, trabalha sse sincera mente a bem da palri a, e não em se u detrimento e. ruin a: fos~e l' m summa verdadeiro constituciona l, que só o he aq uell e que for 1lo tado de pro· bidadr, de oons costumes, clesinlnesse, integrid,,de, e C(lll! tiver ideas de jusliça. l'dra os qu e n~o tem es tas ~irtudes mornes l,i cst'\ pro– nunciada prla Hegencia do lmperio em Hua proch,mação de 15 de Julho de 18:U !'Sta sentrnça:11 l\ão lle Brasileiro quem n'io respeita o Uu– vcmo do llrasil n. Não pode entrar em duvida que a sua consciencia de nada o o
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0