Discurso - 1917

• "' - ( .9 )-- tino do mundo, pro...u ra destruir todas as doutri– nas que a con testam. Em face d'essa attitude, não é entretanto comprehensivel 0 subtitulo da obra: -Estudos de teleologia 11a/11ralista. Eu me vou expli car. Estudos ele te leologia importam a mesma cousa que estudos sobre a fi– nalidade. Que essa tEleologia sej a naturali sta parece implicar uma contradicção fundamental , verd adeira antimonia, quando é certo que todas as nuances das escolas positivas e naturalistas são infensas á teleolog ia e po r isso o proprio Farias Brito as com– bate. Vou expli ca r-me melhor. Antes do apparecimento das escolas sc ientifi– cas modernas, todas fundc1Llas no methodo experi– menta l ou pos iti vo, a explicação do U nive rso era toda teleologica e rundava-se em algumas ide ias capitaes a priori: geccentrismo, anthro pocentris– mo, continge ncin, fin alidade, livre arbítri o. Segundo esse modo de ver as cousas, a te rra era o centro do U ni verso, morada elo homem, esca helo elos pés do Creador. Todo o Un iYer so existia em funcção da terra. Po r sua vez, entre os seres creados, o h omem occupava o prime iro togar. Uma vontade inte lligente assim o havia determinado. As demais cousas e os dema is sere;s hav iam sido creados obe– decendo a um plano, a uma inte lligenc ia que a tudo pres idi ra e de ra a cada ser e, em cada ser, a cada o rgam, um dete rminado fim: o sol e as estrell as aclarariqm e afo rmO!-~ariam a mo rada do h omem. Os lagos e· os rios regari am as plantas e .lhe ma– ta riam a sêde . As arvores, por sua vez , produziriam

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