Discurso - 1917

menta, a um aceno generoso do mais representa– tivo de seu:; filhos, o eminente Governador do Estado . Bemditas sejam tocfas as almas nobres e desprendidas que se ergueram e o acompanharam cfespre0Llidari1ente. O grande morto, onde quer que o tenha levado essa finalidade mysteriosa que elle entrevia, derramará sobre todas as suas benção~, bem certo ele que -;i em pouco interessou aos vivos, fo i · precisamente para poJer ficar na memoria dos homens. E que mais poderia elle desejar? Ahi, sim ; ahi é que eo;tá a mais alta e tenaz aspiração da alma humana. Si algu1na aspiração suprema existe para e lla, essa está, inteira, na vontade de durar, de viver eternamente. O conh ecimento, qualquer que seja o seu alto valo r, existe em fu ncção da v iela, aa _effs!'eHç_ia, da maior possib ili dade de duração. O · .•. · mesmo se' ·qá com a moral, fo rtalecendo a vida, :·~t(t@1. nesse 'ri:i_e5ruo empenho ineluctavel. Durar é ~~~)~:hmís alto'. a11helo do nosso ser. E quando de .-ittM~ tro á fa(alidade da natureza nos sentimos .iuc~llcnb.:ir in'e1~1issivelmente, o que mais nos aterra ,;; ~:::'.ab~.1.~:~t-®mn 1 6 ve é o temor do aniquilamento, é o esquec imepto. Os gregos sentiam sati sfeita essa nobre asp_i1•ição ela nossa natureza com a perennida· ele da: g l6rin ás grandes almas, ele edade em edacle, atravez á memoria dos home ns . A relig ião, corus– ca nte no deslumbramento <lÇ>s seus mysterios deita as suas raízes ma is firmes n'esse sentimento pro– fundíssimo da nos5a alma: a vontade de duração. Foi elle que creou o he roísmo e a Virtudé, o céo e a bemaventurança . •

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