Discurso - 1917
,.. . • ' O - ( 27 )- tituirão, em todo caso o mai s a lto mo nume nto que, no te rre no das ide iss, me rame nte pbilosophicas, ja– mais se levantou no Brasi l. Farias Br ito me rece, por isso, admiração incon– d ic ional. Foi uma intellige ncia operosa, uma alma angelica, uma vontade de be ned ictino, construindo no deserto. Por isso mesmo, por que foi desconexo com o ambie nte, const rui o quasi desapercebido . Hoj e qu e elle, desappar~ceu, a sua obra apparece myste riosa e biza rra no fundo long ínquo das g ra n– des per spectivas. Pode-se d ize r de s ua á outrina em conjun cto, o que do Pragmáti sn. o disse Be rtbe lot, comparando-o ás nu,·e ns informes q ue flu ctu ava m sobre o mar Balti co e Hamlet apontava a PoJonio ele u1rn1 dns j a nellas do pa lac io de Elseno r. E' in– form e e multifo rme como uma to rtu rada c inernato g rnphin. W. J ames, ía llando de Be rgso n_. diz que e ll e venceu e é um homem " arrivé", pe lo facto ele se haver soci<llmente collocado C(,1110 pro fessor de uma escola supe rio r em França . O mesmo aco ntecera talvez _a Farias, s i elle professasse em uma acade– m ia ela A llemanha . Entre nós, a sua v iela e lle passou-a pessoal– mente, na base agreste da mc,nta nba, em cujo c imo o seu espí ri to pairava superio r e sobranceiro. Muita ge nte, talvez, nem d'elle se a percebeu. Mo rreu pobre e deixou pobr e a sua fam ili a . A sua memoria, po– r em não passará . N i11guem a poderá de ixar de en– contrar, de qualque r horisonte, na hi storia do nosso pensamento. E' em homenagem a ella , que faze– mos esta festa, que a sociedade paraense se movi-
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