Discurso - 1917

- ( 24 )- dem garantir plenamente. A sciencia é folha, a " consciencia é fraca. Uma e outra são extrema– mente falliveis. «Diga-se ou escreva-se o que se quiser, dou– trina De Maistre, os nossos antepassados lançaram a anchora: fiquemos ahi e não temamos nem os illuminados nem os impios. » E' preciso acreditar no que sempre se acredi – tou. A razão especulativa não pode substituir-se á crença, ao «instincto secreto~ que adivinha e é in– fallivel. «Confiemos no que sempre confiaram os nossos antepassados,> <dignemo-nos á arvore da tra– dição de que somos uma folh8 passageira,>. E' fran camente uma captis diminutio completa applicada á sciencia e á critica scientifica. Ning uem, melhor, poderia traduzir e expressar esse sentimento de abandono do quP- o encontro em um admiravel soneto de Pnul Ve rlaine: O poeta desiludido, ca rregado de erros e fra– quesas procura piedosamente o Christo e este lhe falia, aconselha e conforta-o. Permitti que vo-lo tradusa: Certamente. Si tu queres bem ,merecer Eis aqui. Deixa ir essa ig norancia andeja, Desse teu coração ao seio da minha egreja Como a vespa procura o lyrio, a resplender. Approxima-tc, vem. Deixa-me apercebo,· A tua humilhação, fala . . .que eu tudo veja, Dize tudo, sem tom onde o orgulho lateja E vom, de arrependido, o bouq111:I me ofierecer " () ' C)

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