Discurso - 1917
dRde, não .a sciencia, mas a consciencia, não a _id~a, mas o sentimento, não a razão, mas a consciencia e o instincto. <! Lançou-se em cheio, sem aperceber-_se, no amag<) da escola moralista de Secretan ou mesmo tradicionalisla, as quaes caracterisam-se em julga– rem a scienc ia humana e, por consequente, a ver– dade adquirida , como um,1 sombra enganadora e vã. Escolas são essas que, em se tratando da ra– zão pratica, se entregam fatigadas , nos braços da convicção, da cr ença , da fé, da tradição. » ( 1 ) Apesar de Be rgsÔn criticar o naturalismo pelo facto de quer er· faze r da inte lligenci a um sol que aclara todas as sombras, quando não devia ser mais elo que «uma luz n' um subterraneo», não ba duvida ser esta a posição do intellectualismo, apoiado na ver– dade mediata ou immediada. O pensamento será um relampago no me io de uma longa no ite como diz Poincaré, mas com e lle ainda esse, « relampa– go é tudo». As lacunas da sciencia não a infirmam. Essa luz no subte rraneo será, afinal, ,1 u111ca luz com que contamos, podendo bem ser que a intuição seja luz armasenada, luz latente, que não pode ter vindo sinão da experienci a . E' claro qu0 Fa rias Brito dando o primado á verdade, por isso que tl'ella faz «a aspirnção su– prema >> da humanidade , se contradiz abandonan– do-a para levar-se pela convicção, pela consciencia, pelo instincto. Fica francamente com Secretan e Renouvier, em ( 1) Augusto Meira: Discurso pg. 20-21
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