Discurso - 1917
• • -( 17 )- Ma is uma vez, po rem, se sente, a meu ver , que Fa:-ias Brito incidio em graves contrad ições. Aqu i revela- se, como em nenhuma outra parte, o que e u chamari a o seu nomad ismo philosophico . Na sel- va selvag,a ela philosopb ia, Farias Bri to é umo immagem perfe ita elo cearence inge nuo e atrevido, que de ixando a candura pe rfumada de suas ter ras, os seus ma res ve reies e os seus céos estre ll ados, se ati ra como um be rcules obscuro, 11.1 assombro– sa ·prodigalidade , a R ubens, ela 1toresta amazonicn. Este abre aqu i as cla re iras, e ntre os troncos ro– bustos; planta ; ma l vae a faze r a colhe ita prodi– g iosa, e lla aguça mai s lata ambi ção; abandona o que fez, não in siste, vae adiante, na intui ção inclistincta de um sonho dourado que lhe foge. No fim nada fez, tanto foi o excesso na lida. E po r que nada fez? Por que trabalhou desajudado. Pe r que o cearen– ce e c0m e ll e toda a g-entc elo me io norte, é o povo mais abandonado d.. 1 sociedade nGc ional em que v 1ve, que pmais exi stiu na face cio planeta. São terras aonde as corrente:-; v ita lisadoras d.a admin istração collecti va so pene tram para a co– lhe ita das contribuições ou exigenc ia do trabalho sem recompensa, jamais para lhe dorem a consci– encia provl.') ni en te de quem se sente ass istido e inte– gro li saclo na conscienc ia nac ional. O que se ela com n popu lação inculta; o que já é prova de abandono, da-se ainda mesmo com homens da capacidade de Fa rias Brito. Faltci:.i-lhe, talv ez, tudo quanto·e rn ne– cessario a produzir com ma is seque ncia' e arnadu• recime nto. P a rece que ell c ti rou de sua J'rüpria substancia , as grandes ideias que desenvolveu . Si
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