MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.
. ' ' 106 RAIMUNDO MORAIS ientretanto, atingiu o sôpro quente e veraz da pa– leta deste inspirado exegeta de prismas. Estrutura ·significativa do pormenor e do contômo, essa pin– tura é um florilégio de arte transportada. ~ão exa– gero, declarando aqui a impossibilidade de se es– ,quemar e colorir meLhor e mais impecavelmente a efigie grandiosa da matriz. Carranca ciclópica dum símbolo litúrgico, ela atrai o devoto, num lampejG> magnético, para as aleluias da fé, para as alvoradas d_a esperaBça, para a ascensão da ·caridade. ' Não se infira desté).s referencias que o artista :a que me reporto fiqu~ circunscrito apenas à paisa– gem e ao panorama. Ele vai além, nas p~spectivas, .e atinge um setor mais difícil na arte de pintar, .que é o do retratista. A cabeça de um adolescente, que lhe vem :o.o album, é de uma beleza emocio– -nante. _O colorido dos cabelos, da. testa, da face, -do nariz, dos olhos, do queixo, da fisionomia, em :Suma, tem qualquer cousa de. alegre e real, tantas são as tintas risonhas do semblante desse joven. N(ão quero avançar mais, todavia. Desejo re– -servar-me ainda para dizer algo sobre as tetas que -o · magnifico e já admiravel Sr. Georges Warnbach 'Vai levantar em Marajó. .. O grande pintor belga que anda ret~atalildo a
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