MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.
,. . 104 RAIMUNDO MORAIS tido pelo vagallião do mar, a rechã campesina, as alfombras das pastagens, os rebanhos, os lagos, os. aguaçáis, a Omis multifaria e até os assuntos ar– queológicos, se ·tentar remexer ·na :erâmica da nossa arquiavó tapuia. Na parte de oéste da mesma insula, no muni– cípio de Breves, registará o exímio pesquisador a. mais autêntica ."selva selvaggia" do Equador brasi– leiro. O terreno post-quaternario aí, ainda enso– pado, mole, embebido na linfa, é revestido da mais sombria floresta, de turvos aspectos pela ausência. de penetração do sol. Falta-lhe a samambaia do "habitat" enxuto das matas-virgens. Sobram-lhe os cipós, as lianas, o~ festões, as parasitas, as epifitas,. os fét9s arborescentes, os tajás, e todas as plantas, enfitn, adstritas ao meio quasi cósmico daqueles. ermos em que a natureza é alheia à proptia clari– dade. Alí tem-se a impressão de que podem surgir, de um momento para outro, os grandes lagartos de· asas, os dragões de garras aduncas, os espécimens, em suma, dos dias prehistóricos. Apesar, no en– tanto, desses espécimens não surgirem, surgem al– guns amimais paleozoicos, tais a cigana, o uruá, a. centopéia. Assim, vai surpreender o Sr. Ge0rges– Wambach dois aspectos polarizados ro.a rnesma ilha~ luz e sombFa. Mas, antes dessa preregrinação riscada no seu. ptogtama, já o artista está cü'nstruindo, em esbôç<1s
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