MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.

100 RAIMUNDO MORAIS esfôrço meio devoto, atribue semelhante figura a um proposito fixo de religião. Hiá ainda outra nuga na excelente brochura. E' quando o arqueólogo, falando a respeito do muiraquitã, lhe acha feitio dum disco entre varios feitios. Em todas as nossas observações, dirétas ou indirétas, queremos dizer, palpando o amuleto ou lendo-lhe a descritiva, as . formas vistas foram a zoomorfa, a antropomorfa, a laminada, quadrilonga ou trapezoide, a cilíndrica ou a de conta. Jamais a referida pelo escritor: em disco. Acrescente-se ao muiraquítã este sinal: o furo, destinado ao fio que o mantem ao pescoço. Porque esse talismã, nos dias p-rimévos do seculo XV, ao contacto inicial do invasor com o !).borigene,- além de amuleto foi insí– gnia de chefe, alegoria de força, emblema' de supe– rioridade. Era, assim, exibido pelos tucháuas como índice de mando, embora os pagés tambem o trou– xessem, o que significaria, talvez, a chefia de um outro poder, ,eclesiá,stiee, possivelmente, dentro da mesma trib1,1. Mas o livro magnifico tambem regista passa– gens curiosas, como, "verbi gratia", o ciclo de ita, o carater divino dos símbolos gravados na rocha, as condições psiquicas do homem prehistórico e os pFocessos mágicos da reminiscencia. Aí se classi– fica a eserita nos sistemas nemônico, ideográfico e fonético. E' muito c0lorido e pitoresco esse capitulo, avultando o balanço lítico na pedra bruta e na pe-

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