MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.

COSMORAMA 99 1 \ home~ que as escreveu. Autoetone? Advena ? Do continente colombino? Da Asia? Da Africa? Eis a questão. A respeito, Í'.°r exemplo, dos tembetás, para logo ferirmos de frente materia da obra, e que o ilustre caçador de letreiros abertos na rocha julga amuletos, quasi todos os especialistas no assunto, e nós com eles, julgam enfeite, simples motivo in– dumentario, adôrno do labi0 inferior. Alguns eram de péirfiro, 0utros de cieqito, a maioria de silex inaécessivel à serra e à li~a. Nova discordancia se levanta aqui: a referente à afirmativa do Sr. Al– fredo Brandão ao declarar o tembetá em forma de . . ·cruz, quand9 na realidade ele tem a forma de p·rego. americano. T-al preocupação religiosa do mo– nógFafo leva-o a encampar a lenda agiológica da passagem de S-: Tomé ( Swné dos selvagens, se– gundo os cronicões seiscentistas) pelo Brasil, onde, consoante versões jesuíticas, o apostolo deixou as ,pégadas nas lages praieiras da Baía. E' ainda o sen– tido católico e talvez miraculoso qt:te o faz ver a cn1z símbolo-cristão na crt:tz-swastica aberta na lomça de Marajó, quamd.o esta não é mais que a resultante do emblema remo'to dos artistas de todo o mundo. N,o alinde inoeente do vasilhame de barro da ct:tnhã, aqui, aeokí., um friso montava sobre outro, por mero devaneio da ceramista; e jamais com o desígnio fundamental de esculpir 0u pin~ar uma cruz. Entretanto, o Sr. Alfredo Brandão, num

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