MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.

9-8 . RAIMUNDO MORAIS iniapi, volt~doê · para o céu e para os astros, são, zes de dizer cousas que ·os emocionem e cons– tituam arte pura, ·fances de estética à Ruskin,. como se não fosse comparando, confrontando, cons– tatando, cotejando, enfim, :nos museus ,nas pina– ~otecas, nas galerias, na Historia Natural, nas En-· ciclopédias, ql!e .os artistas obtêm o padrão da be– leza, as lindas ~magens, os sonhos radiosos, a. pu- reza das concepções. ·,- . Oaro que o sujeito ôco, sem a centelha, sem o. fogo sagrado a que nós chamamos macaquinhos no, sotão, tanto faz rebuscar dentro como fóra do gabi-· nete, nada encontra. , E' obvio, pois, que · a análise em_ qualquer setor literario, seja cientifico, nove– lesco, religioso, lirico, prosa ou verso, determine ~ abertura de novo's horizontes; mais talvez : estimule a .mentalidade quasi parada a surtos imprevistos.. Essa análise melhor avultará no mundo letrado, se e:-stiver de acôrdo com o sééulo, que é o século da síntese. Tais idéas me assaltaram ao ler o curioso livro, do Sr. Alfredo Brandão. Os quadros que ele risca, além de atraentes, são leves como painas. Parecem criaaos pela mão de um realista em marcha, aflito por vencer os lindos hipotéticos da fabu.la. E' possí– vel que se discorde desta monografia neste ou na– quele ponto, como sucede comn0sco, mas sempre– admirando a agilidade do publicista, qu.e anda a:trás, de inscrições rupestres aíiro de saber quem foi o,

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