MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.

g RAIMUNDO MORAIS tanha, tudo é go e empa!tado para o olho aéreo,,. do novo gat ião amazônico, revestido na pluma– gem de altiminio e aço que O tórna fabuloso. Des– mancharam-se-lhe na retentiva ocular as escadas– petreas das cachoeiras, apaineladas e ornamentadas, pe panejamentos ingenuos, cheios de ,inscrições ru– pestres. Ao mesmo tempo que isto sucedia, tomba-- . vam tambem imprevistamente as colunas geológi– cas, através de cujas camadas telúricas se liam as idades da terra, os seus ciclos milenares, as suas, catástrofes e a cambiante metamórfica de sua alma. lítica. Os cursos fluviais; sob a objetiva do moderno aeronauta, perderam as ribanceiras que os empa– redavam no canon, assemelhando-se agora aos rios. pelágicos, sem abôrdo maior que as mesmas aguas: marinhas, por entre as quais fluelt! pelo oceano a fóra. Assim, ao presente, os caudais da i;iossa rêde hidrográfica apagaram, para o observador do alto;– as ribas litoraneas, e apenas se destacam da gleba. qu·e os envolve pela côr das aguas prateadas embu– tidas no verde marginal. Do solo movimentado que se empina em res-– saltos alpestres, nem siquer enxergam os aviadores.– os refegos e as plissuras que o azulam na vista do viandante terrestre. Para o • ser alado sumiram-se igualmente os debruns e as paredes vivas clas me– s0potamias. A interferenc,ia ten-a(iuea, entFe cor– das dagua doce, s@ reponta na côr, nos matizes da.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0