MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.
COSMORA M A gidos coléricos, o fragor das maquinas de guerra o estrépito alacre da cavalaria, o ronco das b@m– bardas adversarias, o nitrido espumante dos corceis, o caracolar das montadas sem ginetes, o romper dos quadrados eriçados de baionetas. E' a partitura estridente duma orque.<-tra demoniaca: atordoando e confundindo os combatentes. Cálamo · ímpar, refletindo o ôlho privilegiado que a dois terços de seculo enxerga os dramas tom– badbs da nossa temeridade, o Sr. Afonso de Cai:– valho tem ainda o condão miraculo.so · de animar, de sacudir, de retesar os nervos de todas as persona– gens que desembainharam a espada vingadora con– tra Solano Lopes. O escritor em foco fecha, sólido colchete de aço, a triade inconfundível de oficiais que se nota– bilizaram nas, letras e que são Visconde de Taunay e Euclides da Cunha. A "Retirada da Laguna" e "Os Sertões" se completam agora com o admira– vel "Caxias". Em cada um desses exemplares gri– fam a beleza e a realidade. São epopéias nacionais que foram surpreendidas pelo talento encantado de tres eleitos das Graças. · Refletir, aqui, nesta ligeira crítica impressio– nista, o .que representa de alto e sugestivo o tomo sensacional do major Afonso. de Carvalho - é im– possível, tantos são os paineis cívicos, os quadros patrioticos, os surtos · de arte que remarcam o vo– lume. O que, todavia, co11vem assina~t de modo
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