MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.
COSMORAMA ti o ·dos fundos remotos da Amazônia para, então, num melhor juízo, quero dizer, amparado em motivos ·mais documentados, afirmar algo mais preciso e forte, pois o que se nota no artista da terra de Gus– tavo Barroso é uma ascendencia constante para o azul, uma alel uia para essa eterna provincia da beleza. Das árvores, das pedras, dos rios, dos case– bres, das jangadas, dos nadas, em suma, o Sr. Vi– cente Leite constroe os seus paineis, as suas telas, os seus quadros, de forma a estarmos sempre em :contacto com a Natureza, a grande mãi da Vida. * * * Quando o Sr. Vicente Leite passou nesta ci– -dade, rumo de Manaus ao mostrar-me o catálogo ' -de suas obras, tive a impressão, pelas árvores que vi estampadas, flagrantes e vivas, de que a selva Paraense ia enfim encontrar o seu pintor. Volve ~ artista agora das margens do rio Negro com a ba– gagem repleta de "pochades", de esboços, de "cro– quis" e mesmo de telas já concluídas. O meu primeiro espanto a respe~to desses tra– balhos foi pela quantidade, o segundo, foi pela -0rigirralidade com ql!-e eles foram delineados. O Sr. Vicente Leite possue uma ·execução técnica facil e veloz, reproduzindo fielmente do panorama da nossa bacia mediterranea os recantos que a menina.
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