MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.
COSMORAMA 59 eclosão olímpica, repontam nessas paginas, com o realismo · de quem viu tudo, de quem observou tudo, de quem, enfim, tendo andado por aqui, estu– dasse as ciencias naturais à maneira dos sabios. Dessas impressionantes induções e deduções resulta para mim um largo desencanto. Quebra-se-me o axioma de que só os que exa– minam "in loco" podem fazer obra real, capaz de · permanecer, pelos seculos a fóra, como um papiro de br?nze. E' fato que as melhores geografias da Amazônia pertencem a dois sabios que nunca bo– taram o pé nestas t plagas: Elisée Reclus e J. E. Wappaeus. O ;primeiro, francês, o segundo, alemão. De brasileiros, conheço varios trabalhos decalcados 1 em monografias científicas, códices, roteiros, por- tulanos, cerzidos, pois, fóra dos nossos lindes geo– gráficos, geológicos, faunísticos, !!tnológicos, botâ– nicos, hidrográficos. Nio terr:eno füerario, todavia, em que todos os problemas capitais se acrisolam na fantasia e lí).a realidade, de modo a fornecer ao leitor ávido e curioso do extraordinario a sinopse dos fatos, só conheço a "Ra:ps6dia B,rasileira". Sau1 de N~varro, / porta~bandei:ra de multifarios conhecimentos refe- remtes a0 Anfitea:tiro Amazônico, avança com esse estandarrte desfraldado. A sombra do glori0so pa– vilhão não ti:az ele apenas os multiplos fenômenos científi'cos, mas, o que é t1,1do, os siml>0los da •héleza escrita.
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