MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.
VIII "RAPSõDIA BRASILEIRA" Um dos mais altos ~fl(>entes da literatura: do meu país, e, q1,1içá, do continente americano, é Saul de ~varro. Sua prosa tem o condão da minucia descritiva: a:ruma os cenários, recapitula as paisa,– gens, regista os p~noramas, põe uma gota de luz aqui e um raio de sol acolá, mostrando o Brasit. dentro desses quadros. Não é só, porém, a pro– priedade de insuflar o dinamismo nas suas ima- . gens a caraterística precipua do narrador d"'O Es– pirito Ibero-Americano". Ele vai, como um pre– destinado helênico, muito além. Suas págÍJ'!as trazem, na magnitude dos con– ceit@s, à semelhança das deusas ~nvd1tas em fm4il– t0s intamgiveis, a florcação da lileleza que faz palpi"" tar os símlilol@s, as alegorias,_os mii,tos. Em algu– mas :narrativas desse ]!)ompeante faiseador do ouro, escri,lo, a arte sóbe tanto naquela escada estética de Rusldn, alçaprema-se de tal maneira nos cimos da fó11ma, que a tmta dos mais famosos aquarel,istas literanos desmaia e desbota junto da sua, volven– do-se em matiz desinteressante. . .
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