MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.
COSMORAMA 41- dações, com as gran<;fes mentalidades da ép·oca. Por· sinal que esses encontros, pessoais então, polàriza– vam-se continuamente com as impressões imaginá– rias. ()i sujeito que ele fantasiara assim, saía-lhe assado. E' o caso, por exemplo, de Gonçalves Dias,. que Machado arquitetara, em pensamento, de modo bizarro, evocativo dos poemas e canções que o, bando maranhense arrancara da sua maravilhosa.. lira - e afinal apareceu-lhe um tipo miúdo, mo– reno, sem o menor sintoma fisico de ser um famoso menestrel Aos vinte e dois anos Maclaado era "pouco· íntimo com os ,íntimos", consoante disse dele Cons-· tando Alves. A razão desse retraimento vinha pro– vavelmente do combate que os invejpsos já lhe' iam movendo à socapa. "Certa vez; por essa época, conta Alfredo– Pujol, num sarau literario do Club~ Flumint:nser recitou uma poesia sua "Ols Arlequins", em que· fustigava as glorias insolentes "que a turba adora, ignorante e rude." Viejamos, porém, o que diz desses versos o- , ' aat@r de "Figuras": "Quem eram esses arlequins que a, musa da. indignação flagelou tão severamente no ano remo– tíssimo de 1864, não sei dizer. Sei, porém, <quem 'foi ou quem é o poeta que desassombradarnente 0s, fustigou, e pediu à Jiustiça que '1hes aplicasse cuti– ladas SU{) lementa.es às chicotadas da sátira. Mas-
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