MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.
COSMORAMA 39 ~ ~\ n --1 ,-... , ·-doze anos, com os seus romances sardos. A distin- , \: , ' / guida com os milhares de corôas do inventor da di- namite - esse curioso suéco, cuja encantada cor– nucópia em Stockolmo é visada pelo mundo - :ainda joven principiou a escrever sobre sua ilha, :a Sardenha, onde o pai de Deledda foi advogado. -Apenas com o curso primario, o genitor ria-se <la- queia insistencia. A verdade, porém, é que os i:o– ·1:nances da filha, reflexos do bloco ilheu perdido ·no Mediterraneo, começaram a ser lidos, apreciados, -examinados, até que · o explosivo em forma de moédas despejou-se no regaço da es.critora como .a chuva de ouro de Jupiter no colo de Danae, não ·para lhe dar um filho, mas para lhe dar a gloria e -a fortuna. "Entrando para a redação do "Diario do Rio -de Janeiro", conta Alfredo Pujol,. Machcft:io de Assis começou por fazer a cozinha do jornal. Todo . •O noticiaria ficou a seu cargo e ainda o "arranjo ,da algaravia dos anuncios levados ao balcão". Com -que delícia percorri as -coleções do "Diario". Meia -<luzia de linhas de uma local, noticiando uma sim- ,ples briga de pretos do ganho, era um primor de •graça e de finura! Poucos dias depois da estréia .{te Machado de Assis no grande orgão liberal, o -corpo de revisores do "Diario" levo1.1 ao .conheci– mento de Qttintino Bocaiuva que não poderia servir ,com o novo redator, enquanto usasse este a horri– Yel grafia que punha nos seus originais. Machado ,...._.v
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