MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.

COS M ORA MA 37 tino convida o protegido de Paula Brito para reda– 'tor do "Diario do Rfo", que apareceu em seguida. Aceito o convite; Machado integra-se na imprensa, • setn, contudo, levar a convicção· do partido que a folha representava., Liberal, esse p~riodico jamai~ comunicou à alma de Machado de Assis o fogo sagrado. Tambem, se não amava os liberais, muito menos os conser.vadores. Seus juízos, por isso, no tablado jornalistico, seriam reflexos, sugeridos ,pe– los leaders .que combatiam o poder. Assim mesmo, empurrado pelo destino, lá foi para o campo da luta. Nem "Saquaremas", nem "Luzias" o interes– savam. Entretanto, não é ·just9 dizer que Machado nunca se inflamasse no entrechoque de idéias que os políticos agitavam na peleja em prol de seus programas. Sabemos muito bem os melindres que acendem as fogueiras por uma simples indiréta, um remoque, um chasco atirado, não· no individuo que o merece, . por ser o dono material do artigo que soprou e 'sugeriu, mas no porta-voz, naquele ... que enfeita e decora a catilinária_com as flores de , papel da retórica e da logica. · V!agamente ligado a Teófilo Otoni e a Salda– nha Marinho, para não falar en1 Joaquim Nabuco e no conselheiro Laf?'iete, antes pela mentalidade !iteraria desses homens que mesmo pelos ideais programa.dos nos artigos de fundo, Machado e11a impeliclo pelo ca,uda,l político à manei11a .elas gran-

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