MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.
36 R AIMUNDO MORAIS .caixa tipográfica, como as gaivotas, açoutaclas pe– los vendaveis e originárias de outras latitudes. Mal trazia na perna o anel de metal da proveniencia, esse mesmo quasi telegráfico nos seus resumidos dizeres. Naquela gaiola de pássaros bisnaus, a ave .-estranha foi alargando paradoxalmente o seu hori– zonte. Ao compor os. originais, sacava por vezes uma brochura dos bolsos atulhados de livros, e pu– nha-se, na leitura do opúsculo, longe clo trabalho, a medifa·r sobre vers@s alheios que o , impressiona– vam pela beleza. Manoe1 An~onio de klmeida m@Fre, porém, no naufrágio do "Hermes", em aguas de Macaé: Outra mão amiga se lhe estende: a de Frain– cisco Paula Brito, que tamibem fôra tipógrafo na Imprensa Nac~onal e era então livreiro, em cuja loja se reuniam as maiores figuras mentais da época: . Magalhães, Gonçalves Dias, Porto Alegre, M'aéedo, Casimiro de Albreu, Par~nhos, A:baeté. Este Paula Brito, ·depois de se fazer jornalista, comprou a "Mªrmota", folha em que pela primeira vez Machado de Assis publica versos dedicados à cantora italiana Casaloni. Paula Brito, no !entanto, não se limitou a@ amparo , material a Machado de Assis, do qual fi– zera revisor de provas de sua casa editora: apre– sentou-o a Francisco Otaviano e a Quintino Bo– caiuvai. E' daí que ;parte efetivamente a trajetória do autor de "Dom Casmurro" no jornalism0. Quin-
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