MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.
COSMORAMA 33 -clorofila, reponta-lhe do quadrilatero numa explo– :são de matizes. Desde as folhas aos . brotos, desde :as palmas aos leques, desde os Farnos às ventarolas ,que a onda silvestre nela se estampa. E logo vêm .as estrelas. Uma, ao norte do Equador, _ponneno– Tiza a reduzida faixa brasilica mo hemisferio seten– trional. Depois refulge o estelario do sul, dentro do ,qual tremeluz o Cruzeiro, fog_o do ceu que Dante já entrevira ou adivinhára. A nota espirítl.:tal no .entanto, do nosso estandarte, aquela que traduz o sangue e o genio do brasileiro a girar no corpo da coletividade, é a vibração no eter, é o efluvio ma– _.g:nético desprendido na aurea que a cfrcunda, é, em .suma, o palpitar sereno e sadio durri coração de _gigante. Refücario de virtucles, cofre bendito de amule– tos sagrados, de talismãs propiciatorios, o nosso -pavilhão guarda nos seus panos aquele encanto das -coisas divinas. Lábaro muito. amado, arrebata-nos ,quando o vemos desfraldado à popa dos navios, na frente dos quarteis, na ameia das fortalezas, na -cima.lha dos palacios. Arrebata-nos ,e verga-nos o j0elho em p!ie~es ungidas na confiança e no sonho. A grandeza da fé brasileira, aos alborns vitoriosos ,destes clias da 3.~ Republica, convoca-mos para um ,drama emp01gante, chama-nos para a litugia mara– ·vilhosa em que se defende o regimen. E a oração ·mu.da , íntima, e avassaladora, eleva-se para o firma– meato numa ~leluia _da propria vida. f'or todo este
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