MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.
IV INVOCAÇÃO Ã BANDEIRA A b3.jdeira é o veu da nacionalidade, a túnica inviolavel do povo, a clámide protetora do Estado. J?elas suas côres, pelas suas alegorias, chega-se talvez ao semblante da gente que a empunha. Em– blema da nação, equivale, sem dúvida, a um do– cwnento somático e na altura de rev~lar, através. das tintas e sinais característicos, a gênese da mul– tidão que a desfralda. Cada mancha, mais viva ou mais delicada, fala do clan, da tribu, da raça, refletindo-lhes a indole. Porque há povos sombrios e povos alegres, mas– sas humanas rudes e massas humanas perspicazes. Os primeiros projetam espiritualmente no bal– são as marcas obscuras do negregado destino. Mar– cham sem ritmo, oscilando, vacilando, escorre– gando. A bandeira, ~ntes de lhes valer por uma insignia de amor e de beleza, significa-lhes uma tatuagem, mácula talvez, alegoria tenebrosa, alheia ao gemo bemfazejo. Varios povos remarcam ainda no tom despó-
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