MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.
C OS.MOR AMA 29 nni.ravílhoso turbilhão de hieroglifos. Reproduzir– -se-á, então, aqui, à deslumbramento ocorrido no de– cifrar da inscrição da Rosetta nilótica, pela qual se ficou sabendo de toda a historia de um povo. Temos ap'enas que aguardar o míríflico )instante dessa eclosão no pensamento amazônico. Qt:te se confie, pois, no bibliotecario do livro de barro, guardião sagrado ·e invisível dum · alfabeto cuja foate ninguem sabe onde é, nem onde foi .. Há, todavia, um ramo da ciencia que muito concorre com a cerâmica para levantar as etapas da civilização humana e até mesm@ a origem da propria humanidade : é a paleontologia. Enquanto aquela, porém, fal-:i, cJe seculos, anotand~ períodos mais reduzidos da vida social dos povos, esta fala por milenios, estabelecendo éras cíclicas que se es– garçam na memoria pública. O bloco CÍe argila é, assim, um documento sempre mais chegado ao ins– tante em que falamos, ~nquanto o bloco de pedra é sempre mais longínquo, trate-se do menir, do dolmen ou da caverna do primata. Mesmo que essa doeumentação rochosa se es– tenda ao fossil, da nã0 diz tanto quanto a louça. Veja-se, por exemplo, os eS<iJ.ueletos petrificad0s e matelisados nas grutas serranas de Minas, a que Pedro Lund de.a 0 nome de homem da Lagôa Santa, e eompare-se-os aos esqueletos imemoriais das alu– viões do, P rata, elassiíicados por Ameghino como o homem parnpeano. J? 1 essa comparação que, no
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