MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.

:26 RAIMUNDO MORAIS Jages," perdidos nas eminencias, idolos e símbolos, -como a cruz gamàda, atribuidos ligeira e pertur– badamente, à religião católica, isto é, à efigie da ,cruz cristã. Isto porque, alguns historiadores; evi- dentemepte católicos e propugnadores da lenda apostólica de que S. Tomé andou na Amazônia, ~onjugam-na ao grande simbolo da Igreja Romana, quando ela não é mais do que a cruz swástica, dis– sem,inada, difundida pelo • munào inteiro entre os povos mais remotos e obscuros. E' bem possível que fosse apenas a representação do sol com os seus raios. Fora, porém, da pedra que documenta e re– força o assunto ceramista no aparecimento humano na terra, descobre-se ainda a arte plumária dos in– dios, através de cujas penas aflora,m motivos -•ex– pressos de estesia selvagem. As canitaras, em dia– ,dema, urdidas com o que há de mais fino entre as .aves e os passaros, representa a corôa de soberania talvez extinta no· caciquismo político do ameríndio. Os penachos, as tangas _de pena, os mantos plumarios que a arqueologia encontra na passagem, são documentos magníficos da Mundurucania, cuja tribu dos mundurucús, além dessa ar~e deli– ,cada, tatuava-se de vermelho e preto, abrindo µo corpo as mais bizarras figuras Hneares. As frechas, os arcos, os brace'letes, as jarre– teiras, de fibras e tentos vegetais, de escamas e <lentes, disputam a primasia nas malocas amazôni-

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