MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.
COSMO RAMA 25 sua parte austral e boreal, modificat11'-lhe tambem a temperatura, isto é, o clima. Apesar, no entanto, de qualquer discordancia que possa haver nestas conclusões com a erudita miss Jenny Dreyfus, sua tese representa na biblio– grafia ceramista um dos mais valiosos documentos que já li. Paralela a esta teoria puramente ceramista, refletora da louça brasileira, e principalmente do anfiteatro amazônico, reponta a documentação lítica moldada e lavrada na rocha do Eq1i1ador patrício. Surgem, assim, os utensilios domésticos deno– minados abi;idores de bivalvos (moletas) extraidos das mais duras fragas ; surgem os ornamentos da máscara selvagem chamados tembetás, trabalhados em pórfiro e cieni,to ; surgem 0s amuletos propicia– torios moldados em jadeite e nefrite e que o abo– rígene trazia como insígnia de chefe ou taslimã defensivo . com o nome de muiraquitã, figurando rãs, saurios, quelôaios, camândulas e tubos cilin– droides; surgem, no panejamento de arenito das cachoeiras, os sinários de linhas ·rétas que lembram casotas, bonecos, palmeiras, além de uma ideologia astronômica de luas, sóis, estrelas, cometas, que significam á caravana astral camimhando mo azut do ceu; surgem, no mistério desafogado das va– zantes ribeirinhas, as ita<matiaras, avisando, na pin– tura 0u na inscrição rupestre, os navegantes das cordas fluviais; surgem ainda, nos penhascos, has
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