MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.

RAIMUNDO MORAIS maseulino do falus e do culto feminino da tanga, aflora significativa, pois sua origem é af er- ou, talvez, da península italiana. A referida usança não avançou da grande ilha para dentro da bacia ama– zônica. Isolou-se aí, o que demonstra uma etapa de– morada do selvícola até que lhe morresse a idola– tria. O eminente Barbosa Rodrigues, examinando o largo cemiterio aruac de ~iracanguéra, frontei– riço à foz do rio Madeira e o maior _depois dos rnounds marajoaras, n~0 encontrou mais, plasma– dos no barro, nem o falus nem a tanga. A tradição cultural, religiosa ou• doméstica desses idolos edi– psára-se. c5 fato revela penetração visível do invasor que caminha do 'levante para o poente. Há, porém, mais doc~ntos para justificar a identidade do nosso caboclo com o felá nilótico. São os p,roprios ·costumes, os vocabulos, as notas somáticas do físico. Ninguem se parece melhor com o habitante do Amazonas que o habitante do rio do Continente Njegro. A mesma cricuncisão usada pelas tribus de Israel é usada por algumas tribus ameríndias. As– sim, é muito mais provavel que as nossas gentes tenham vindo pelo Atlântico, . que pe!G> l?acHico. O papel que a ~uro-Sivo teria feitp, trazendo no dorso negro as levas migratorias, fez ' indubitavel– mente, no seu lombo azul, a Gu.lf~Stream. Os dois rios pelágicos, depois de banharem a América na

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