MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.

COSMORAMA 23 dense. Analisa ta_mbem a ausencia de aspectos botá– nicos, na decoração marajoara, ·surpreendida por aquele eminente cientista. Tira daí um vasto auxilio para a sua vigorosa tese, pois nem a folhagem, nem os frutos serviram ao índio na sua maneira de em– belezar a louça. Na fauna, só talvez o_s animais totêmicos prestaram-se à ornamentação da oleira, visto como era a cunhã a artífice da manufatura desses artigos na maloca. Adotando a Ópinião de varios escritores da prehistoria colombiana, mi,ss Jenny Dreyfus acre– dita que a civilização atestada, nos moldes ceramis– tas da, Planicie tenha vindo da cordilheira andina, remontada pelos asiáticos e descida para a extensa planura pelos declives cisandinos. E' uma opinião contestada por Ehrenreich, um dos grandes etnólo– gos e antropólogos andados por aqui. Além desse extraordinario teuto, uma larga corrente etnográ– fica julga que a civilização não veio da monta.Qha para o vale, e sim :foi do vale para a montanha. Os pontos marcantes dessa viagem, de leste para oeste, exteriorisam-se na imperfeição plástiea do barro e na falta de beleza decoFativa da cerâ– mica, à proporção que se avança do mar para a cí– clóp.ica muralha de pedra que fecha o contin6nte 110 hemiciclo andino. ]sso demonstra que o nú-aruac seria possivelmente africano, originario da Fenícia, do Egito, da Creta, da Leinuria. A usança oFgiática de Mairajó, através do culto

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