MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.

22 RAIMUNDO MORAIS Os pesquisadores do habitat selvagem, tratem eles -do homem arborícola ou do homem da caverna, QO homem do sambaqw ou do homem da Lagôa Santa, nãc, perdem, para sua orientação, um caco de louça, uma asa de jarro, o torneio duma panela, • os mais fugidios pormea0res, enfim, da tabatinga amassada, pintada, decorada pelas tribus nômades ou radicadas à gleba. l.Jevantando es:be problema interessatnte enp-e os indios brasileiros e os indios sul-americanos, miss Jenny Dreyfus escreveu a mais linda tese que _ já li sobre o· assunto, depois da monografia admi– ravel de Heloisa Torres, que veio a Marajó inves– tigar diretamente a louça dos cemiterios aruacs. Observando os mounds do farelhão marajoara com a perquirencia dutil e a inteligencia agil de quem havia de chegar a diretora do Museu Nacional, niiss Heloisa Torres fe; um trabalho duradouro e que lhe abriu o titulo de arqueóloga brasileira . • A tese, todavia, da senhorinha J enhy iDreyfus possue visivel erudição, pontos mesmo de cultura em que se vê a .mulher agitaadó uma biblioteca va– sada sobre a materia afim de obter as pégadas mais sutis da marcha amtrindia através da cerâmica. ~tudando a contribuição de Hartt nos pToble– mas arqueológicos, ela examina a conclusão do sa– bio por entre os matizes óticos. O globo ocular da aborígene é virado e revirado pela monografista dentro das linhas escritas pelo inconfundível cana-

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