MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.
COSMORAMA 15• certas noites remarca-se o fôgo de vista: navios, bombardeando castelos, barbeiros escanhoando fre- (í'ft guezes, além dos fogcetes de lágrimas e dos balões( J ~j y) coloridos. Linda feira ao ar livre junto do templo\ •.t{ .' :·1 d •. l,/ sagra o. · -!- E' preciso, no entanto, não esquecer que, um mês antes, os navios começam a despejar romei– ros em Belém. A população municipal de tresenta& e cincoenta mil almas aumenta para quatrocentas mil. Os hoteis entopem-st de forasteiros, as casas Particulares de parentes, compadres, arn.igds. 'Há. hóspedes até nas cozinhas. O comércio não tem, mãos a medir. O negócio é do outro mundo. . . Pe:– las ruas tentrais de Belém surgem, então, grupos de matutos carregados de embrulhos, de pacot~s, de caixinhas. As mulheres recem-vindas, barrigudas que parecem ter dois ou quatro f étos no ventre, exibem sua carga · honesta e farta com sorrisos– bemaventurados. . . Vive essa gente aleatoria numa peregrinação constante áe compras. Os maridos, coxeando com os sapatos novos, paletós de mangas . CNrtas, c'hapeus no alto da sinagóga, carregam o.. filh0 menor e levam o do meio pela mão. A cem metros denunciam-se estra1'lbos à capital; vieram.– vêr a festa ... gn lh irg J ão lf r do, via pr-itteii:ml de> omér~io para0nsei fombra uma. ru9. d~ vilc::n·iQs do im rier, de tnl forma o roceiro p1•edomlna alt • l
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0