MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.

142 R AI MUNDO MOR AIS em grinaldas e fest ões dos ermos flori sticos . As– palmeiras, aias do teu séquito, agitam, para t eu gozo, flabelos e ventarol as 1 leques e palmas. T eu ccrpo se ilumina de pirilampos, se enfe ita dc– ninhos, se colore de borboletas . Durant e a ma– turação de teus frut os ouves a se renata animal dos propagadores da hévea . Cantam as aves, zunem os g rilos. roncam os roedores, assobiam os pássaros. H á uma fe sta na jang la, aleluia de sons, hinos de alegri a . ENTRONIZADA SE– J AS ! ENTRONIZADA SEJAS! Na b eleza d e tu a folh agem , n a fe iu ra d e tuas sementes, no relralmeu to <le lua alma, na dcfo r– m a<,:f'to de t •u v · n lr r e ta lha d o n mach a do, pal- pita o genlo contraJitoriu do anffteatro amazô– nico, em cujo seio os mitos, as lendas, os deu– ses d a t eogonia selvagem po larizam-se no bem e no mal. Fada miraculosa cios caste los de Pan, o rt ile g ios orna m e nta is <l a m a ta, r eceb e ·s ta pre– ce, ó maravilhosa Seringueira , org:ulh o da selva, g lori a · dos deuses, como s inal car inhoso dos que– l e a ma m p •1a v id a a fora. ID LATRADA SE~ JAS ! IDOLATRADA SEJAS !

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0