MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.

COSMORAMA 141 ·fio, tubo nos hospitais; é pipo, babeiro, imper– meavel nas .maternidades. COROADA SEJAS! COROADA SEJAS! Teu niveo sangue, coagulado ao calor turvo àa fumaça, volve-se em goma-elástica para ar– ticular as maquinas, juntar os tubos, obturar os orifícios, vedar as válvulas, repontando para isso em lâminas, em gachetas, em cápsulas, em len– çóis, em massas, em camisas, ora nos arsenais e ·nas fábricas, ora nàs usinas e nos laboratorios. Transmuda-se o teu suór, ainda, ó pulcra e san– ta arvore! na luminosa poeira que enfeita o man– to pagão da Planície, manto que é realidade vi- ual e quimera poética. GLORIFICADA SE– JAS! GLORIFICADA SEJAS! E's, trabalhada, como a Natureza em que csplendes vitoriosa: diáfana e sólida, clara e obs– cura, cheia de miragens e de abismos. Harmo– niosa e bárbara copias, as sim, a rechã mais no– va do globo em que habitas. Nenhuma essencia. 1)0r mais alta, por mais bela, por mais cara, por mais dura, aromai e prestativa, já projetou scn latex como tu, Seringueira prodigiosa, em todos os recantos da terra. VENERADA SEJAS! VENERADA SEJAS! Soberana coroada pelo Sol no país da elo-· rofila, teu vaporoso veu saiu do tear da Lua, e teu manto de esmeraldas, linda obra de arte, das mãos das fiandei.as silvestres. Reinas envolta

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