MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.

,~, C os MOR AMA 1a1 (\',.~ • ,\\ \ . ._ tre irritado com os homens que registam o fato, ' .... ;.tr apontando-os como inimigos de Portugal. A ver- d~de, porém, é que o fenomeno avassalador não pode ficar oculto, nem é obra deste ou daquele. Vej,a-se sobre o assunto o que diz, "verbi gratia", um especialista - Antenor Nascentes, no seu "Lin- guajar Carioca": "Conhecemos bem o nosso meio, não ignora– mos os remoques que nos hão de trazer os estudos de patologia linguistica que empreendemos. Paci– encia. N,osso trabalho não é para a geração atual ; daqui a cem anos, os estudiosos encontrarão nele uma fotografia do estado da língua e neste ponto serão mais felizes do que nós, que nada encontra– mos do falar de 1822." N~o são menos impressionantes as palavras do Sr. Mario Marroquim n"'A Língua do Nor– deste", nestes conceitos: "O português do século XVJ é o ponto de partida de uma evolução diver– gente. Emquanto em Portugal se modificava num sentido, o Brasil, envolvido por fatos mesológicos, étnicos e geográficos, radicalmente diversos, ori– entou diferentemente a sua evolução. E ' o que E duardo Carlos Pereira chama um amplo tri ángulo cujo ápice é o seculo XVI e os lados o falar brasi– leiro e português. ÜiS lados partindo do ápice, cada vez mais se afastarão. " E' de fato o que se vem- verificando geral- 111cnte. As alterações idiomáticas no Brasil equiva-

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