MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.

XViII EM VEZ DE KIPLING-HUMBOLDT N;ão é de hoje que se fala em Kwpling a pro– pósito da Amazônia. Espera-se a reincarnação do grande poéta indo-inglês como alguns povos espe– ram um Messias. P0r que? Por causa de seu canto , <le seu genio, de sua força descritiva? Há, entre– tanto, na India um poéta mais fascinante e nobre, ,que é Rabindranath Tagore. Seus poemas admira– veis têm qualquer cousa de sêda, de veludo, de gase, tal a flexibilidade, a maciez, a transparencia. Seu místico alaúde, cheio de ren.uncias e generosi– dades, representa a verdadeira voz do cant@r dum grande povo e dti1ma grande patria. Como arte e filosofia, Ta.gore podia ser uma expressão 1 mais alta do peiasamento amazônico, de tal maneira, as suas estrofes singulares rehabilitam as massas con– fusas nos borborinhos sociais. Kipling, de fato, é um poderoso menestrel, foFte e persuasivo, mas rascante, marcia!l, veràa– deiro soldad0 à paisana. Guerreiiro de lira na mão, . -seu grito é de clarim ; seus versos são dobrados em

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0