MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.
122 RAIMUNDO MORAIS paraenses. Ele é comum nas valas e capinzais que transbordam, pelo inverno, nas circunvizinhanças de Belém. Alguns o chamam piramboia (peixe-cobra); outros trairamboia (traira-cobra). Regula quatro palmos mais ou menos de comprido, forma ci:lin– -droide, c;om ª~pe,tg, pgi , di ptià . ofídio, . Apg§ã dê m i !i'btlnd.Mu~1tt tfo tapldflãlr@m fl@s~ t @flSfllârâdag plagâ9, nio exlste a lenda slnlstra <fo minho ãtl, P t' i!Hm, flii v@Jõ õ mativo da eõ- bra-grande e da Íàra dele provirem. Mito que não ' faladõ, nem r@ferido, nem comentado, nem diVl.11- gado na verdadeira bacia amazônica, se lhe ampu– tarmos o setor tocantino, como preferem varias geógrafos, ele é de ·todo alheio às lendas· equatoriais. Isto que eu afirmo a respeito do rninhocão, o qual desagrego do fabulario amazônico, 'já o afir– mei a respeito d:o mapinguari. Espalhada entre nós esta crendice, de vinte anos para cá, pelo invasor ·nordestino, a primeira vez que li referencias so– bre ela no "Deserdados" do admiravel Carlos de Vasconcelos, estranhei-a. Literatos do meio norte, 1'ªdí - do nê< ploo1m1, 1 !'llimpr qu B Ih reporta• -vam, obrigavam-me a ver um assunto adventicio . Quando o grande Gustavo Barroso escreveu seu colorido livro· "A1!ravés dos Folclores", dectá– rando que o mito do mapinguari seria amazomco, maravilhoso devorador de ricos, contestei. S0 a circunstancia, da abusão trazer no seio a carateris• tica de emgulir cordas fluviais, pareceu-me log@
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