MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.

. ' 120 _RAIMUNDO MORAIS intelectual da nossa · ·nacionãlidade, para se ter a medida exata do que produziu o Sr. Basílio de Ma– galhães. "Através dos• Folclores", do criador. de "A Senhora de Pangin", são capítulos que o grande escritor cearense 'espalha com aquela suntuosidade de todos os seus livros. Por esta concurrencia, sem citar inúmeros outros exemplares de identicos estu– dos, se vê logo o texto significativo do tomo do Sr. Basílio de Magalhães. Proclama-lo, festeja-lo, ir– radia-lo, por entre as massas ledoras, é a função que quadra ao intelectual, incumbido seguramente de difundir tais problemas sociais de cultura. Neste vigoroso trabalho do Sr. Basilio de Ma– galhães, há, entretanto, um caso curioso citado na página 99: é o do evoluir que ele acha se, estar fa– zendo entre o minhocão e a cobra-grande, senão, tambem ,entre aquele monstro e a iára. Sem con– tradizer nem repelir os argumentos do ilustre poli– grafo mineiro que me refere no seu livro, quero, todavia, deixar agora o me'u depoimento sobre a matéria. A primeira vez que ouvi se aluclir ao mito do minhocão, andava ea no att@ Tocantins. O drama vinha-me narrado por varias formas e .era egressa de duas fôntes fluviais, nas célebres "éanôas de mineiros" que trafe~vam entre Bel~ e Goiás. Li, depois, a descrição fabulosa do animal feita por Saint-Hilaire, que ·tambem já descrevera o sonho delicioso produzido na digestão de uma larva de taquára comum ao Planalto Brasileiro.

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