MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.
COSMORAMA 117 da Planície amazonica, e que o perturbante aqua– relista ergue para nos mostrar, numa radiosa itna– gem, sintese do corpo e da alma. A máscara qµe ele plasma na tela, longe da parada rijeza do molde, estremece ~ vibra na fisionomia, tal se fôra colo– rida sobre musculos e nervos, sobre carnes e san– gue vivos. Nbivo da luz e padrinho da sombra, Georges Wambach criou no Pará a mais forte, imponente e fulgurante galeria que um grande artista já con– seguiu debaixo do sol do Equador. Deve-lhe por isso Belem o poema da Clorofila e a sinfonia da Oaridade, que o mago da paleta glorificou na fo– lhagem e na redoma azul do ceu. O curioso livro de bronze de Wambach, marcando contactos célebres, cadastra os autógrafos mirificos de tais celebrida, des : soberanos e poetas, sabios e romancistas, gene– rais e chefes de Estado, santos e corsarios. Anda– rilho universal, para a conquista ingenua da natu– reza guajarina não lhe foi preciso calçar as encan– tadas botas de sete leguas da fábula ; bastou calçaT os miracul0sos sapatinhos da Cinderela de Perrault. • • '
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