MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.

RAIMUNDO MORAIS ·escadaria que desce ·para o lai;go, até· os campar:.:..– rios, as decorações da fachada, os painéis do alto. Surpreendidos esses pormenores fixados pelo estéta nórdico 'da Europa, remarca-se uma igreja de ar– quitetura mixta, enxertada de vários ·estilos surri– piados aqui, ·além, acolá. As tonalidades claras desse -demiurgo da clorofila e da luz solar do Equador lavam de tal forma o belo templo, que o revestem dum veu transparente e meridiano. Georges Wambach é, •finalmente, um singular -caçajor de reflexos, barbaro enamorado que anda na colada prismatica das auroras de púrpura. Stias tintas macias animam-se na íris pagã dum salteador -de Beleza. * * * A visão peregrina de Gteorges Wambach con– ·tinua recolhendo magistrais perspectivas das terras -do Grão-Pará. Na sua retina, à semelhança de aguas-fortes, abrem-se, evocação curiosa, mil aspe– ctos da urbs guajarina e arredores. A clámide luminosa do sol alterna-se-lhe, já agora, ao eritrar do ÍtJJVerlil.o; com .o véu 'b-rumoso das chuvas. O estéta nórdico da Europa surpre– ende, num lampejo magnético, todos os matizes e iodas as nuanças ql!le dimanam do .espectro solar. E' t!ltn pre<;lestinado, pois, dos çleuses, incum-

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0