MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.

COSMORAMA as decorações do seculo XV na Península, vendo-se o lamp~dario de cobFe pendente do teto, o lampeão~ de ferro preso em garras pelas paredes; o taberna– culo rendilhado em ouro, os castiçais lavrados em bronze, os candelabros estilizad(?S em p,rata. Infe-– lizmente, porém, uma certa minoria deles se altera~ exibindo lustres venezianos, bacias de vidro eletri– êas . na abóbada, lampadas embutidas em tulipas, em• rosas, em_girasóis, quando não em guirlandas de folhagem. E' o progresso aligefrado e hostil à fan– tasia freirática das comunidades, emoebidas no • suave-austéro da arte monástica, quebrando o equi- 1ibtio pela mão do sacerdote secular integrado no . "bric-á-brac" dos magazines que vendem gato por lebre. ' Georges Wambach, mais especializado nestes assuntos que um simples observador, já terá notado que a igreja de Minas é a igreja do Pará; que a . igr&ja do Maranhão é a igreja da Baía; que a igreja de Pernambuco é a igreja do Rio Grande · do Sul; que a igreja do Amazonas é a igreja de Sergipe; que a igreja de Alagôas é a igreja de São Paulo. As exceções polarizam a verdade. A Basilica de N'.azaré, sensadironalmente -co– pia.da pelo notavel Georges Wambach, quebra, sem dúvida, l'lO exterior, o padrão comum dos templos iberos. Entretanto, para que ess~ destaque av,uke 11a i::etentiva pública, é necessarjo observar desde · as colunatas que ornam e carregam o alpendre da -

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