HUBER, Jacques. Contribuição à geographia pysica dos furos de Breves: e a parte occidental de Marajó. [S.l.]: [s.n], [19..?]. 52 p.
- - 28 Furos de Bteues ce, póde-se d izer quasi com certeza, que as marés provo– cam ainda correntezas contrarias. Quando se desce pelo furo de Tajapurú, o jupaty se apresenta ó muito tarde, depois da divisão d' este fu– ro em diYer so braços, mas quando se entra n'um d'ellcs , n o Boius u p . e .. esta palmeira apparece logo em grande quantidade indicando a infiuencia das marés ·do Ri o Pará . Em toda a par te meridional da região , onde as corrente– zas do r io Pará se fazem sentir, o jupat y é frequente . Elle se acha tambem, mas menos frequente, no Jaburú ' Bat es 1. c. p. I 16) e no Macacos, assim que no Aramá. );°ão conheço a distrib uição do jupaty ao norte do Ama– zonas, mas ao sul do estuario do Pará esta palmeira é muito frequente, principalmente nas beiras do r io Guamá, onde ella é um dos elementos mais impor tantes da vege– tação littoral na zona da infiuencia das marés cf. Kraat 1 - Roschlau e .lluber «Zwischen O cean und Guamá» p . 22 e 27 ). Certamente ó primeiro logar na physionomia d 'esta região é occupado pelo mi ri t :r (Jiauritiajlexuosa L. f) . Frequentíssimo nas embocaduras do Tocantins e do Xin– gú, onde cobre quasi exclusivamente largos tr echos ele terras baixas. elle se extende t ambcm sobre os t errenos elo S O de Marajó. Aqui elle apparece raramente como miritizal quasi puro, mas em muitos lagares principal– mente nas grandes convexidades das beiras dos furos ou nas ilhas de nova forma~·ão, clle é o elemento dominante ela floresta , elevando-se em massa compacta atraz da orla ele jupaty e determinando comas suas folhas a silliouette característica ela mata. Mesmo nos trechos onde o mirity é ní.enos commum, elle occupa geralmente um logar im– portante na physionomia da paizagem, pelo seu porte magestoso e pelas suas enormes folhas em forma de le– que. Entretanto não seria justo pensar que o mirityzei– ro seja igualmente distribuído por toda a região de que tratamos. Mesmo nos logares onde elle domina ab– solutarn.ente · na beira ela agua, pócle-se ver, logo que haja uma ábertura na mata, que cletraz d 'esta zona de mi– ritizeiros que parece, ao primeiro ver, constituir toda a flor esta~ apparecem outras palm.ciras ele que tratare– mos mai s adiante . Pensamos que será raro encontrar o mi– rity em grande numero a mais ele rno metros da margem para dentro das ilhas. O mirityzeiro precisa bastante luz para o seu desenvolvimento e assim se explica porque •
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