HUBER, Jacques. Contribuição à geographia pysica dos furos de Breves: e a parte occidental de Marajó. [S.l.]: [s.n], [19..?]. 52 p.
Fmos rle Breves H rosas affluentes do estuario do Pará, o resultado mais importante para nós é o facto, agora bem estabelecido, de que pela região dos furos de Bréves passa ainda actualmente uma parte da ag·ua do Ama:;:onas par!t o estuario do P,zrá. A opinião contraria de la Condamine (ob. cit. p . .153 ), partilhada tambem por Bates, Wallace e o Barãc de Marajó, se acha assim definitivamente refutada. Ao mesmo tempo creio ter evitado os exageros de Martins, Hartt e outros, baseados em parte sobre informações inexactas ( 1). No capitulo seguinte veremos que segundo toda a probabilidade a communicação pelos _furos era antiga– mente mais aberta e que um largo braço elo Amazonas passava por esta região, trnzendo ao rio Pará uma massa cl'agua incomparavelmente mais importante que actualmente (cf. tambem Hartt, ob. cit. p. 177 ). Tomando isto em conta, não hesito em acceitar a opinião ele Hartt e Couclreau, considerando o rio Pará como uma embocca– dura elo Arn.azonas e o Toc~1tins co~110 um. affluente d'elle. Na parte NO de Marajó estende-se uma região se– melhante em suas feições geraes á região dos furos ele Bréves. Esta região, que poderia chamar-se, segundo os seus cursos d'agua mais importantes, a região do Ara– má e do Anajá:;:, é tambcm atravessada por um grande numero de canaes naturaes, que communicam entre• si, formando uma perfeita rede. Como os furos de Bréves, elles são sujeitos ás fluctuaçõ es das marés, mas de.., pendem exclusivamente do Amazonas e não têm. mais nada a fazer com o systema hydrographico elo rio Pará. Alguns d'elles apresentam-se como a continuação de cursos cl'agua que são os clesaguadouros da parte NO de Marajó, recebendo por isso a denominação de <<Rios>> (rio Aramá, rio Anajás, rio Affuá etc. ), mas na reali– dade elles se caracterisam todos como simples canacs do Amazonas. Em toda esta rede de canaes, a enchente que faz tufar o Amazonas, produz uma correnteza ascendente, . (r) Martins diz p. e. ter subido o furo ele Brévcs . a favor ela va– zante (ob. cit. p. 995 ). Se elle pensa que a correnteza vindo elo Ama– ·zonas é mais forte durante a cn.chente (cf. p. 987) que durante ava– zante, com certeza isto é só applicavel á parte septcntrional elos fu– ros, onde a influencia elo estuario elo Pará não si; faz mais sentir. ' • •
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